sábado, 26 de setembro de 2009

Duas primas...

Somos grandes, hoje. Fomos crianças, um dia. Nunca niguém soube explicar que elo é esse que nos une tão intimamente, apesar de todas as nossas enormes diferenças.

Quando descobri meu primeiro amor, descobri-o ao lado de minha prima. Foi depois de um jogo de futebol, aos onze ou doze anos. Nosso vizinho era uma gracinha e mais tarde se tornou o amor de nossas vidas. Sim, das duas. Dois anos se passaram sem que ele nunca soubesse, sem que nenhuma de nós brigasse por causa dele. Ele era nosso assunto durante as madrugadas e era a música de nossos lábios. Era nosso sonho compartilhado. Nosso sonho dividido.
Só nos demos conta do absurdo de um amor como aquele muito tempo depois, quando já nossos pequenos corações tremiam de medo sob a possibilidade de uma das duas ser escolhida e a outra não. Medo de não ser escolhida? Medo de não sermos mais duas em uma. Meu primeiro amor durou dois anos e não durou sozinho. Me rendeu poesias e músicas, mas não so minhas. Me fez crescer, chorar e rir, mas sempre acompanhada. Meu primeiro amor foi nosso. E para sempre nos uniu ainda mais.
PS: Ele soube um dia, mas só quando não havia mais possibilidade de nenhuma de nós o amar.

"As pessoas grandes têm a mania de querer, a qualquer custo, explicar o inexplicável."

Quem pode explicar o inexplicável amor de nossa infância? Só a comunhão de nossos corações infantis de primas e amigas. G&E.

Com dedicação, E.